Curiosidades

Alimentação: As pessoas comem bem no Corvo. A sua dieta é feita à base de carne de porco, vaca, aves, peixe, leite e queijo. Cada família mata, em média, dois, três porcos por ano. Couves da barça (cozido de couves com carne salgada) e Borrás(coiratos fritos e moídos) tortas de erva do calhau (erva patinha), linguiça e torresmo de carne, são pratos típicos. Deliciosos. A abrótea, a veja, o mero, o boca negra, o cherne, o goraz, o rocaz, o chicharro, a garoupa, encontram-se entre os peixes mais abundantes.

Consagração: Entre os mais velhos, a fé na Sagrada Família continua ainda viva. As "caixas" com a sua representação (três santuariozinhos de madeira preciosa) rodam, há 50 anos, de casa em casa, onde acolhem, entre lamparinas de azeite e velas de cera, orações de consagração.

Corsários: Brigues piratas procuravam o Corvo para fornecerem-se de farinha, aves, carnes e água. Alguns pagavam generosamente tudo quanto recebiam. Comandantes houve, como o corsário Almeidinha, que mantiveram relações de amizade com o vigário local.

Estruturas: Os serviços da comunidade contam com um posto de correios, duas sucursais bancárias, uma unidade saude, uma farmácia, recolha de lixo, bombeiros, posto da GNR, jardim infantil, campo de jogos, pavilhão multiusos, uma biblioteca municipal, jardim de infância, parque de campismo, centro de dia, Lar de idosos, escola até ao 12º ano, mecânicos de automóveis, Bomba da Galp, três mercearias, três cafés, dois restaurantes, uma residencial, cinco casas de alojamento local, um parque de campismo, equipado com churasqueira, mesas bancos, poço de lavar roupa, casas de banho e duches com agua quente, uma "discoteca" (do BBC lounge), uma padaria (municipal) e vários pescadores profissionais.

Leitura: A Câmara da vila tornou-se das primeiras a ser informatizada no país. A sua biblioteca, oferecida pela Gulbenkian, tem mais de vinte mil volumes. Foi uma das de maior movimento na União Europeia. Não há analfabetos na ilha.

Ligações: Há três voos semanais ligando a Horta, Ponta Delgada e as Flores ao Corvo. Paralelamente funcionam um barco da Atlanticoline (Ariel), três barcos rápidos de passageiros e um de mercadorias, nos meses de Verão a Sata tem voos de Segunda a Sexta e a Ariel viagens diárias excepto à Quarta Feira.

Lugares: Morro da fonte, Morro dos Homens, Caldeirão, Coroinha, Serrão Alto, Lagoas, Ilhéu Pequeno, Braço, Cancela do Pico, fonte Velha, Praia da Areia, Porto da Casa (o primitivo, onde os piratas se abasteciam), Boqueirão, Porto Novo, Cancela do Pico, Palheiros, Fojo, Furna dos Franceses, são os principais lugares da geografia da ilha.

Povoamento: A população inicial resultou da mistura de colonos e escravos oriundos da Terceira, do continente (algarvios e beirões) e de florentinos. "Largavam-se homens naquele ilhéu como quem largava cabeças de gado", relata Frei Diogo das Chagas.

Rainha: Uma mulher governou, com mão firme, a ilha na segunda metade do século XIX. Chamava-se Mariana da Conceição Lopes. "Filha de padre", evoca Brandão, "mandava em tudo e em todos. Apresentava-se de capa e de botas quando o povo andava descalço. Chegou a ser a Rainha do Corvo".

Templo: A igreja paroquial, construída em 1674 e reedificada em 1755, é dedicada a Nossa Senhora dos Milagres, padroeira da vila, cuja festa se realiza a 15 de Agosto, em conjunto com o famoso Festival dos Moinhos.

Expressões: As expressões mais ditas são "Hoje aqui! Amanhã no Corvo!", "No Corvo é mesmo assim!"